Final Fantasy VII: fãs encontram forma de salvar Aerith

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Por mais de 27 anos, fãs de Final Fantasy VII tentaram descobrir uma maneira de evitar a morte de Aerith, uma das personagens mais queridas e trágicas da franquia. Esse evento marcante, que ocorre na Cidade dos Ancestrais pelas mãos do vilão Sephiroth, é um dos momentos mais emocionantes e devastadores dos games. Mas agora, o impossível se tornou realidade. Dois speedrunners, AceZephyr e Kuma, encontraram uma brecha no jogo que permite manter Aerith viva, desafiando o destino que a narrativa lhe reserva e trazendo uma nova perspectiva para essa história clássica.

Desvendando o Glitch que Salvou Aerith

Essa descoberta foi possível graças a um glitch extremamente complexo e preciso, que exige que o jogador manipule o sistema de dados de locação do mapa mundial em Final Fantasy VII. A técnica permite pular de Midgar, uma das primeiras áreas do jogo, diretamente para a Cidade dos Ancestrais, onde Aerith ainda estaria viva, sem seguir o enredo convencional em que ela deixa o grupo temporariamente antes de sua morte.

O truque envolve a manipulação do sistema de mapeamento do jogo, o que só pode ser feito na versão de Final Fantasy VII que permite desativar batalhas aleatórias. Os jogadores utilizam uma rota específica sobre o oceano para acessar a Cidade dos Ancestrais antes do momento fatídico. Isso não apenas permite a sobrevivência de Aerith, mas também gera uma economia de cerca de duas horas no tempo total de jogo.

A Técnica e o Impacto nos Speedruns

Um dos maiores destaques dessa façanha é o impacto no universo dos speedruns, onde cada segundo economizado é precioso. O método demonstrado por Luzbel, em um vídeo de meia hora, revela o passo a passo necessário para executar o glitch, tornando-o acessível para outros jogadores que queiram replicar a técnica. A possibilidade de manter Aerith no time altera a dinâmica dos combates e abre novas estratégias dentro do speedrun de Final Fantasy VII, já que ela é uma personagem poderosa com habilidades únicas que são extremamente úteis nas batalhas posteriores à sua morte.

Os speedrunners já estão experimentando o glitch e tentando descobrir formas de evitar que o jogo trave em cenas que não foram programadas para a presença de Aerith. Quando o jogo detecta Aerith em cenas onde não deveria estar, pode apresentar erros críticos, tornando a exploração do glitch ainda mais desafiadora e intrigante para os jogadores.

O Significado de Alterar uma das Mortes Mais Icônicas dos Games

A morte de Aerith sempre foi um dos momentos mais simbólicos de Final Fantasy VII, e sua permanência no enredo desafia o peso emocional que a cena carrega. Essa mudança revela novas perspectivas sobre como os jogos podem ser explorados e reinterpretados, mesmo décadas após seu lançamento. Aerith é mais do que uma personagem; ela representa a essência dos sacrifícios e das perdas que moldam a narrativa de Final Fantasy VII. Para muitos jogadores, salvar Aerith traz um misto de satisfação e nostalgia, mas também provoca uma reflexão sobre como o desfecho de sua história influenciou o impacto emocional do jogo.

Uma Jornada Técnica e Emocional sem Precedentes

Desde seu lançamento original no PlayStation em 1997, Final Fantasy VII tem sido uma referência para os fãs de RPGs. O jogo foi adaptado e relançado em várias plataformas, e a história recebeu um novo fôlego com o recente remake, cuja segunda parte, Final Fantasy VII Rebirth, foi lançada em 2024. No entanto, nenhuma versão até agora explorou oficialmente a possibilidade de salvar Aerith, tornando esse glitch ainda mais especial para os fãs.

Ao ultrapassar as limitações do código e manipular o jogo em níveis técnicos complexos, os speedrunners mostraram que a paixão dos fãs por Final Fantasy VII não tem limites. Esse feito reabre o debate sobre a narrativa dos jogos e como eles podem evoluir de acordo com a habilidade, dedicação e imaginação da própria comunidade de jogadores.

Quando o Impossível Torna-se Realidade

A descoberta desse glitch para salvar Aerith em Final Fantasy VII é um marco no universo dos games, tanto pela habilidade técnica necessária para executá-lo quanto pelo significado emocional que traz. O trabalho de AceZephyr, Kuma e Luzbel é mais do que um truque técnico; é uma prova de como o amor dos fãs pode transformar um jogo clássico em uma experiência viva e em constante evolução. Embora o glitch torne o jogo “jogável” de uma nova forma, ele também provoca questões sobre o impacto emocional da narrativa.

E agora, com essa possibilidade revelada, resta saber quais outras surpresas Final Fantasy VII ainda reserva para aqueles que se aventuram em seus códigos. Afinal, em um mundo onde os fãs podem desafiar até mesmo os elementos mais fixos de um enredo, o impossível pode realmente se tornar possível.