Ex-desenvolvedor de GTA III criou câmera cinematográfica por tédio no trem

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  • Ideia surgiu durante viagens entediantes enquanto trabalhava no trem de GTA III
  • Primeira aplicação foi para animar os passeios de trem no jogo
  • Câmera cinematográfica evoluiu e permanece em títulos como GTA V e RDR2
  • Criador considera a funcionalidade mais adequada para Red Dead Redemption

A câmera cinematográfica, uma das funções mais icônicas da franquia Grand Theft Auto, teve uma origem inusitada: o tédio de um desenvolvedor durante viagens de trem no trabalho.

A Origem da Câmera Cinematográfica

Segundo Obbe Vermeij, ex-diretor técnico da Rockstar North, a ideia surgiu enquanto ele trabalhava nos sistemas ferroviários de GTA III. As viagens no trem pareciam monótonas, e Vermeij pensou em permitir que os jogadores pulassem direto para a próxima estação. Contudo, essa funcionalidade enfrentava limitações de carregamento do mundo no jogo.

https://twitter.com/ObbeVermeij/status/1876720107701117383

Como alternativa, Vermeij desenvolveu uma câmera que alternava entre diferentes pontos de vista ao longo dos trilhos, tornando as viagens mais interessantes. Um colega sugeriu aplicar o recurso também aos carros, o que levou à criação de ângulos dinâmicos, incluindo uma visão da roda e outra da perspectiva dos perseguidores.

“A equipe achou surpreendentemente envolvente, então a câmera cinematográfica foi mantida” – disse Vermeij.

Evolução ao Longo da Série

A câmera cinematográfica estreou em GTA III e foi mantida praticamente inalterada em GTA: Vice City. No entanto, em GTA: San Andreas, o designer Derek Ward revisou completamente o recurso, adicionando novos ângulos e aprimoramentos.

Desde então, a funcionalidade evoluiu ainda mais, aparecendo em GTA IV, GTA V e até no faroeste Red Dead Redemption 2.

Um Recurso Mais Adequado ao Velho Oeste

Vermeij comentou que ficou satisfeito ao ver sua criação em Red Dead Redemption 2 e acredita que a câmera cinematográfica combina ainda melhor com o estilo do jogo, devido à sua ambientação imersiva e narrativa mais contemplativa.