Placas de vídeo e processadores vão encarecer nos EUA
- Preços de placas de vídeo, consoles e smartphones devem disparar
- Tarifas podem chegar a 100% sobre semicondutores estrangeiros
- Trump quer reduzir subsídios e usar taxas como incentivo
- Novo projeto Stargate prevê US$ 500 bilhões em infraestrutura de IA
Contexto das Tarifas e Críticas ao Chips Act
Durante sua campanha, o presidente dos EUA, Donald Trump, criticou o “Chips Act”, aprovado em 2022 para estimular a fabricação de semicondutores em solo americano. A lei destinava US$ 39 bilhões em subsídios para construir novas fábricas. Trump, porém, defende que só os altos impostos de importação motivariam empresas a produzir internamente.
A Nova Política Tarifária
Em um evento na Flórida, Trump anunciou planos de elevar tarifas de importação de componentes como chips de computador, semicondutores e medicamentos. As taxas podem variar entre 25% e 100%. Segundo ele, as empresas não precisam de bilhões de dólares em subsídios, mas sim de incentivos baseados na não aplicação de tarifas.
Possíveis Consequências nos Preços
Especialistas apontam que, com tarifas elevadas, produtos tecnológicos importados vão ficar mais caros. Notebooks e tablets poderiam encarecer até 46%, enquanto consoles de videogame subiriam 40% e smartphones, 26%. Placas de vídeo e processadores também seriam afetados pela escassez de componentes taiwaneses com custos inflados.
Promessas de Mais Fábricas
Trump afirmou que, em breve, haverá mais novas fábricas nos EUA do que o programa de subsídios conseguiria promover. No ano passado, o Departamento de Comércio já havia direcionado US$ 30 bilhões para 23 projetos em 15 estados, resultando em 16 novas instalações de fabricação.
Futuro dos Subsídios e o Projeto Stargate
Ainda não está claro o que acontecerá com o programa de subsídios durante o governo Trump. Apesar das críticas, o primeiro grande projeto industrial de sua administração é o Stargate, que promete investir US$ 500 bilhões em infraestrutura de Inteligência Artificial ao longo de quatro anos. Resta saber como esse investimento coexistirá com a nova política de tarifas.