Review | Bleach: Rebirth of Souls é o jogo que Ichigo merecia
- Bleach: Rebirth of Souls surpreende com combate técnico e visual estiloso
- A história adapta bem os principais arcos do anime
- Modo campanha é longo, mas às vezes repetitivo
- Controles exigem paciência, mas recompensam com profundidade
Primeiras lutas me conquistaram
Podem acreditar: sim, eu sou MUITO fã de Bleach. — desde que li o mangá e vi o anime, o considerei um sucessor de Yuyu Hakusho. E o jogo, com um sistema de lutas mais técnico do que o normal para games de anime, me fez entender ainda mais o apelo do incrível universo criado por Tite Kubo.
A jogabilidade lembra mais jogos de luta 2D do que arena fighters como Storm ou Sparking Zero. É cadenciada, exige leitura de movimentos e recompensa bem quem domina as mecânicas. O sistema de vidas múltiplas por personagem traz dinamismo e tensão real para cada confronto. E ver Ichigo e Toshiro trocando espadadas no meio de Bankais cinematográficos… foi o que me fisgou de vez.

Estilo visual que honra o legado de Bleach
Se tem algo que Bleach: Rebirth of Souls acerta com gosto, é o estilo. O jogo tem menus animados cheios de personalidade, trilha sonora jazzística que remete à essência do anime e visual fiel aos traços originais. O elenco de dublagem também brilha — Johnny Yong Bosch dá alma ao Ichigo como ninguém.
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Mesmo com cutscenes que às vezes parecem feitas às pressas, o resultado geral impressiona. Principalmente quando você vê uma cena chave do anime reimaginada com toda a energia de um jogo moderno, com visuais e sons que reforçam o impacto emocional da história.

Uma campanha densa, mas nem sempre empolgante
O modo história cobre três arcos do anime e dura cerca de 30 horas. A fidelidade ao material original é louvável, com cutscenes longas e cheias de diálogos que ajudam a entender motivações e relações entre os personagens. Foi aqui que Bleach me conquistou de vez.
Mas nem tudo são flores: a campanha sofre com repetição, especialmente quando o ritmo cai entre lutas. Os Side Stories até tentam trazer algo novo, mas acabam sendo apenas mais batalhas ou cenas. Faltou um pouco mais de variedade fora do eixo “lute ou assista”.

VEREDITO
No fim das contas, Bleach: Rebirth of Souls é o título que Ichigo e Rukia sempre mereceram. É estiloso, fiel ao anime e oferece um combate profundo e satisfatório. Ainda que tenha limitações — principalmente na repetição de conteúdo e na curva de aprendizado — ele se destaca como uma das melhores adaptações de anime dos últimos anos.
Se você já é fã da série, vai se sentir em casa. Se não é, como eu não era, talvez agora entenda por que Bleach faz parte do lendário “Big Three”.
NOTA: 4/5

-Jogador desde o Atari 2600, viciado em roguelikes, RPGs, jogos de luta e Coca-Cola Zero. Jogando atualmente Diablo 4 e Clair Obscure.