PS5 Pro vs Xbox Series X: comparação de performance e tecnologias

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Com o futuro lançamento do PS5 Pro, a Sony traz uma atualização significativa ao seu console de última geração.

Focando em melhorias de hardware e tecnologia, o PS5 Pro promete elevar a experiência gamer com uma GPU RDNA3, avanços na CPU e um novo sistema de armazenamento.

Especificações técnicas do PS5 Pro, destacando o processador AMD Zen 2, GPU AMD Radeon Custom RDNA 3, 16GB de RAM GDDR6, 1TB de armazenamento PCIe Gen 4 SSD, e conectividade avançada.
Conheça as especificações detalhadas do PS5 Pro.

Em um mercado competitivo, onde a performance e os recursos visuais são cruciais, a Sony busca garantir que o PS5 Pro se destaque frente ao Xbox Series X.

Nesta análise, exploramos as mudanças e novidades que o PS5 Pro traz, comparando seu desempenho e capacidades com os consoles atuais. Vamos mergulhar nas especificações e ver o que realmente mudou com esta nova versão.

Processador:

Percebemos que o processador do novo aparelho manteve a tecnologia Zen2, mais antiga, não é algo inesperado visto que alguns jogos podem usar “atalhos” com uma programação mais direta nos consoles para conseguir tirar mais performance da peça, mudar a arquitetura poderia significar retrabalho e jogos incompatíveis então não há o que questionar nessa decisão.

Duas outras questões são interessantes de novar, a primeira que o clock maximo subiu e a segunda é que continua variável. Seja como for a CPU do PS5 Pro é basicamente a mesma presente nos outros consoles como o PS5 comum ou os Xbox Series e agora deve performar igual a de um Series X.

Em termos de produção não será um grande problema manter a arquitetura Zen2 visto que a AMD está entregando CPUs de notebooks ainda baseadas nessa versão da arquitetura reforçando o que eu sempre coloquei aqui (que o PS5 se parece com um notebook gamer e não um desktop).

GPU:

Aqui nos temos realmente uma boa evolução. A controversa GPU do PS5 deixou muitas questões em aberto, a Sony não optou por uma RDNAII “completa” o que deixou o console com problemas em relação a RayTracing, um recurso que ficou de lado na época, possivelmente por questões de custo, criando uma versão tecnologiacamente dentro da arquitetura “RDNAII” mas com recursos cortados fazendo ela se assemelhar a uma RDNA de primeira geração.

Isso foi completamente corrigido agora com o aparelho trazendo uma GPU já na arquitetura atual, RDNA3, e apesar de estarmos só a alguns meses do lançamento da próxima onda (as RDNA4 chegam ainda em 2024) a verdade é que isso já representa um grande salto para o Playstation.

Outro indício claro de que a GPU do console original não era completa é que entre as tecnologias RDNA II e III a diferença de performance no RayTracing é de algo em torno de 50%, e a Sony conclama entre 200 e 400% de melhora nesse quesito o que mostra que as capacidades do PS5 nessa área eram bastante limitadas.

Pelos números temos um chip customizado que se encaixaria no nivel de uma Radeon RX 7700 “não XT”, e que se vier completo está colocando realmente o PS5 Pro em um patamar de PC Gamer médio de 2024 (o que é ótimo).

Memória RAM:

A memória permanece do mesmo tamanho mas com uma melhora na frequencia o que garante uma banda levemente superior a do Xbox Series X, e é compatível com o que essa GPU precisa para entregar seus resultados.

Armazenamento:

A Sony aparentemente percebeu o erro e deixou de lado seu controlador de SSD “alienígena”, que além de caro, cria uma obsolecencia programada pois quando aparecer um defeito na memória principal dos PS5 “normais” ele deve simplesmente morrer, ou exigir uma manutenção extrema com substituição de células de memória na placa.

Agora a opção por um NVMe normal deve tornar o aparelho mais barato de fabricar e mais acessível para manutenção sem perder performance nesse seguimento.

Recursos:

Recursos de escalonamento de imagens, declarados pelo marketing são exatamente isso, marketing e AMD entrega tecnologias diversas com VRS, FSR3, AFMF, Radeon Boost, Radeon Chill e outras que permitem tudo isso e muito mais nos chips RDNA3.

O que ocorre é que vão adaptar esses algoritmos para o sistema da Sony e dar um nome “próprio” a essa adaptação mas não é algo que não se possa fazer em outros sistemas com hardware similar, na verdade, isso já acontece hoje.

Comparação:

Percebemos que o CPU permite até 3.85GHz vs 3.8GHz no Series X esses 0,05GHz de diferença efetivamente não ajudam e provavelmente nem serão alcançados já que é um clock variável, a vantagem mesmo é poder subir até esse patamar com os 16 Threads ativos (se puder) enquanto o SX mantem 3.6GHz nessa situação.

A principal questão aqui é que o console da MS faz isso mantendo o clock fixo enquanto os PS5 permitem que o clock vá para cima e para baixo de acordo com temperatura, energia e necessidade.

Simulando isso no PC ainda existe vantagem prática dentro dessa margem em favor do clock fixo do Series X mas nada que “mude” a realidade de que efetivamente as CPUs agora entregam performance “igual.” É provável que o marketing tenha visto os 3.8GHz no concorrente e colocado o 0.05 ali para “estar a frente” mesmo.

Na GPU

Aqui o cenário fica interessante, o Series X é definitivamente superior em recursos e performance ao PS5 comum mas esse cenário não sustenta em relação ao PS5 PRO.

Em termos gerais as duas GPUs devem se equivaler sendo a versão do Xbox mais antiga e sofrendo em relação a recursos visuais mais avançados como o RayTracing.

Nesse caso pode se esperar uma vantagem de 50%~60% na performance do recurso graças a evolução para RDNA3 e o clock um pouco superior.

Isso se confirmará se o patamar de performance realmente encaixar naqueles pouco mais de 30TFs comentados mas notem que estão falando de capacidade para função especifica e em termos gerais a expectativa é de metade disso… o que não é nada mal.

O que esperar então?

O PS5 Pro é uma atualização de fábricação com hardware recente, tecnologias melhores e ampla capacidade para os recursos novos de escalonamento de imagem e ganho de FPS, a versão comum sofreria muito para rodar o mesmo jogo sem esses recursos então temos que ver até que ponto eles podem ser explorados já que um game rodando com eles e que mesmo assim fique pesado no PS5 Pro ficaria inviável na versão padrão do aparelho o que pode limitar a adoção ou relegar o uso dessas novas ténicas a apenas condições específicas, como já ocorre no Xbox Series X em relação ao Series S.

O concorrente direto não deve assustar o PS5 Pro, no que ele se propõe, que é entregar uma experiência premium, ele é mais preparado que o console da MS que já sofre com a mudança de tecnologias tornando sua resposta em titulos com uso de RT e outras técnicas menos eficiente que a do novo console.

De fato, o PS5 Pro torna o uso de RT uma realidade na Sony como era na MS com o SX.

Seja como for temos dois consoles bastante equivalentes sendo que a vantagem é do PS5 Pro pela atualização técnica, a arquitetura RDNA3 permite jogos mais rápidos com recursos pesados como o RT ativos e a nível parelho com a RX7700 é um enorme acerto visto que essa é a Radeon de melhor custo beneficio da linha atual entregando resultados próximos ao das RTX 4070 custando apenas 2/3 do valor.